Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto

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Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/UM-ADB/MON/MSMRB

Tipo de título

Atribuído

Título

Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto

Datas de produção

1461  a  1831 

Dimensão e suporte

143 u.i.; papel

Entidade detentora

Arquivo Distrital de Braga

Produtor

Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto

História administrativa/biográfica/familiar

Mosteiro de monges beneditinos fundado provavelmente no fim do século XI, mas cuja primeira referência segura data de 1131. É possível, porém, que lhe digam respeito outras alusões a um mosteiro de São Miguel datadas de 1090 e 1122. Era padroado da família dos Guedões, como testemunha, entre outras coisas, o cálice que lhe foi oferecido em 1152 por Gueda Mendes e se encontra hoje no Museu Machado de Castro em Coimbra. Sujeito aos abades comendatários desde 1428, veio a ser governado por Frei Diogo de Murça que, em 1549, obteve do Papa ordem para o extinguir e aplicar as rendas à fundação de um colégio beneditino em Coimbra. Perante a resistência dos monges, o breve papal foi revogado (1555) e a comunidade unida à Congregação de São Bento em 1569, sendo parte das suas rendas aplicadas ao referido Colégio. A sua igreja foi construída cerca de 1755-1763. Foi extinto em 1834 e comprado por particulares. O edifício, porém, tornou-se a Câmara Municipal de Cabeceiras e sede de outras instituições públicas.

História custodial e arquivística

Em 30 de maio de1834 foi publicado o decreto que determinou a extinção das Ordens Religiosas, primeiro as masculinas e, depois, as femininas. No mesmo ano, formulou-se o regulamento de transferência dos bens destas ordens para a Fazenda Nacional. Por arrasto, também os cartórios monásticos foram nacionalizados pois neles se conservavam os títulos de posse e a documentação indispensável à administração dos referidos bens.Estas transferências não foram, na maioria dos casos, bem sucedidas, o que acarretou perdas irremediáveis, nalguns casos totais, no recheio de muitos destes cartórios. Como principais causas apontam-se o abandono a que muitos foram votados; os arrolamentos tardios; os incêndios; a apropriação por particulares; perdas durante o transporte e dádivas abusivas. Em 1917, com a criação do Arquivo Distrital de Braga, todos os documentos existentes nestas repartições foram transferidos para as suas instalações no edifício dos Congregados. Em 1936, ocorreu uma nova transferência, agora para o Paço Arquiepiscopal de D. José de Bragança, atuais instalações deste Arquivo, onde foram colocados no chamado Salão Paroquial.Em 1966, José Mattoso procedeu ao inventário da documentação relativa aos mosteiros beneditinos e em 1983 decidiu-se dar continuidade a este trabalho, inventariando os restantes fundos monásticos e que culminou com a publicação, em 1985, do Inventário do Fundo Monástico Conventual, pelo Arquivo Distrital de Braga.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Documentação transferida em maio de 1917 da Repartição de Fazenda do Distrito.

Âmbito e conteúdo

O conjunto documental distribui-se pelas seguintes áreas e/ou tipologias documentais: prazos e tombos.

Sistema de organização

Ordenação temática, alfabética e cronológica.

Condições de acesso

Acessível, exceto unidades em mau estado de conservação e restrições previstas no regime geral dos arquivos e lei do património cultural (Decreto-Lei nº16/93, de 23 de janeiro e Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro).

Idioma e escrita

POR (Português)

Instrumentos de pesquisa

Base de dados de descrição arquivística