Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis

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Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002005

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis

Datas de produção

1813-12-22  a  1813-12-22 

Dimensão e suporte

10 pp.; 200 mm x 314 mm

Âmbito e conteúdo

Alerta para os recentes papéis públicos que confirmam a sua suposição em que o exército Austro-Bávaro, comandado pelo General Wrede, marchou para o Reno onde se deu a Batalha de Hanau. Confirmam também a entrada dos aliados na Holanda, tendo so seguidores da Casa de Orange feito a revolução sem que os franceses conseguissem cortar os diques para inundar o país conforme premeditavam. Com a proclamação do Soberano dos Países Baixos Livres, pouco falta para que a Holanda se ache completamente livre. A Suiça declarou a sua neutralidade, embora o autor julgue que não perderão a oportunidade de se unirem aos aliados para para recuperar territórios como Vallais. Tumultos em Brugges, Bruxelas e Anvers, sendo possível que também se registem no Brabante austríaco. A navegação do Weser está livre, a Alemanha livre dos franceses à excepção de algumas praças fortes. Bernadotte atacou Davoust no Elbo, obrigando este a retirar-se para Hamburgo. A Dinamarca apresentou proposta de negociação a Bernadotte que a recusou. Dissolução da Confederação do Reno e organização do "Landwehr" e do "Landsturm", tendo os príncipes que a compunham solicitado ao Imperador austríaco que se declarasse seu chefe, convite que o próprio declinou. Refere-se ao Tratado assinado entre a Aústria e o Rei de Wurtenberg, o príncipe de Metternich. Acha estranho que a Aústria e a Espanha não tenham nomeado Ministros para ambas as Cortes e que o Ministério inglês ainda não tenha apresentado no Parlamento o Tratado de Aliança com a Aústria. Todos os Soberanos e Generais em Chefe estão em Frankfurt, crê-se que a concertar a passagem do Reno e a entrada em França pela Suiça. Os franceses concentram-se em Anvers. Os austríacos estam em Bergamo na Itália; Veneza acha-se bloqueada e em Milão as autoridades preparam-se para decampar. Em Espanha o Quartel General foi instalado em São João da Luz; as novas Cortes e Regência já estão em Madrid; o exército espanhol está desorganizado, fazendo com que Wellington só possa contar com o auxílio do português. Avança com diversos cenários para as negociações de paz entre a França, a Inglaterra e a Holanda, referindo-se a temas como a a restituição das colónias francesas, o estabelecimento dos limites deste país, a restituição do Cabo da Boa Esperança aos holandeses. Acha que é possível que se faça a paz continental, mas a França e a Inglaterra devem continuar em guerra. Refere-se, ainda, à guerra entre a Inglaterra e os estados Unidos da América pelos direitos marítimos. Aconselha a que Portugal tenha negociadores hábeis para tratar com as outras potência em qualquer cenário possível, mas que não faça uso de procuradores estrangeiros. Alerta para o facto de a França querer a Guiana e a Inglaterra não hesistar em devolve-la. Os domínios portugueses estão a ser alvo de muita cobiça pelas potências aliadas, sendo esta a altura indicada para se formar novas e proveitosas relações comerciais. É necessário transpor o "muro" que separa Portugal das potências continentais e preservar a integridade e independência da Monarquia. Sugere que se procure estar sempre cautelosos e em paz com a Inglaterra, mas que se estreite as alianças com outros países europeus, facto que requer um corpo diplomático activo, inteligente, enérgico e trabalhador. Defende a residência do poder supremo na Europa, escolhendo-se governadores experimentados e patrióticos para os principais portos do Brasil.

Cota atual

B-15(1, 8)

Idioma e escrita

POR (Português)

Características físicas e requisitos técnicos

Boa conservação