Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis

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Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002018

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis

Datas de produção

1814-11-22  a  1814-11-22 

Dimensão e suporte

8 pp.; 200 mm x 318 mm

Âmbito e conteúdo

Como António de Araújo já deverá ter conhecimento de que os Plenipotenciários portugueses já foram admitidos ao Congresso e que as primeiras sessões já tiveram lugar. Limita-se a fazer algumas reflexões sobre o prospecto das negociações em gerale quais aquelas que lhe parecem dever ser as operações futuras para remediar erros passados e promover a monarquia lusa. As quatro grandes potências, Rússia, Prússia, aústria e Alemanha, "conciliabulo ou conclave das verdadeiras negociações", estão ocupadas a ajustar entre si os seus próprios interesses, não se interessando no Congresso em favor das outras potências. Pretendem excluir a França com base num artigo secreto do Tratado de Paris. A frança chama a si a missão de proteger os fracos que as outras nações pretendem despojar das ditas partilhas. Interesse das grandes potências em dissolver o Congresso o mais rápido possível para regularizar as suas finanças através da dissolução dos grandes exércitos que conservam. Prevê que não se entendam nas partilhas ficando os territórios tal e qual já estão determinados. Aconselha a que a legação portuguesa imprima no Congresso uma reforma das relações políticas e comerciais com as grandes potências, nomeadamente com a Rússia e a Aústria, desencadeando um processo que permitiria a Portugal demarcar-se da independência inglesa. Sendo que os ministros portugueses enviados ao Congresso são os que estão destinados a residirem na Rússia, Aústria, Inglaterra, deverão nessas residências prosseguir com as negociações iniciadas no Congresso. Refere-se às restituições e aquisições territoriais a que Portugal tem direito. Aconselha a preservar a independência financeira da Coroa portuguesa, substituíndo os ruinosos subsídios e empréstimos estrangeirs por sábias reformas em vários ramos da administração interna e externa para aumentar as rendas do Estado. Defende uma judiciosa e activa direcção das nossas relações exteriores; fomentar a indústria, comércio e navegações nacionais. Remeterá em anexo de uma outra carta um plano de trabalhos sobre estes assuntos contendo três pontos essenciais: 1.º Crítica ao Tratado de 1810 com a Grã-Bretanha, que foi tão lesivo a Portugal e para evitar futuras situações semelhantes, propõe o envio regular de informações e observações sobre as potências com quem Portugalvier a negociar contratos; 2.º organização das missões estrangeiras e consulados e sua sincronização como Ministério; 3.º promover uma inspecção sobre as diversas repartições públicas e evitar que façam somente trabalho de rotina ou de expediente.

Cota atual

B-15(1, 18)

Idioma e escrita

POR (Português)

Características físicas e requisitos técnicos

Boa conservação [restaurada]