Carta de Jácome Ratton

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Carta de Jácome Ratton

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/001945

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de Jácome Ratton

Datas de produção

1815-06-11  a  1815-06-11 

Dimensão e suporte

4 pp. [3 pp. + 1 p. em branco]; 204 mm x 251 mm

Âmbito e conteúdo

Expressa a sua eterna gratidão ao amigo António de Araújo por lhe ter participado em Março, através do correspondente Manuel Lopes Ferreira, o despacho do neto Bernardo Daupiás para Cônsul e Agente Comercial Português em Paris, o queal deve-se inteiramente à bondade do destinatário. Está certo que o mesmo servirá dignamenteas obrigações do lugar e que passada a tremenda trovoada política que assola a França, o Brasil achará neste país o maior consumidor de todos os seus produtos de exportação. Defende que o Porto de Lisboa deva ser o depósito de mercadorias (em feira ou em mercado perene) dos comerciantes do Brasil como das Praças europeias dando hipótese para que todos possam regular com acerto as operações de acordo com a escassez ou abundância do mercado geral. As circunstâncias e a situação geográfica do Porto de Lisboaé a ideal; e o modo pelo qual se deveria procesar o movimento mercantil assentaria no pagamento de tarifas dos Direitos de entrada com de saída, tanto nos géneros e mercadorias como nos navios. Conservando-se abertos os Portos do brasil a todas as bandeiras amigas dever-se-ia previligiar na pauta de direitos as casas e cargas nacionais, visto que esta medida favoreceria o equilíbriocom os navios estrangeiros. Defende que os frutos do Brasil exportadosdo Porto e de Lisboa não deveriam pagar direitos de entrada e de saída, mas apenas as despesas de braçagem; os navios estrangeiros pagariam maiores direitos nas alfândegas do Brasil, enquanto que os nacionais pagariam apenasos que se destinavam para o consumo do Reino fazendo com que o comércio do Brasil com a Europa se fizesse por Portugal. Por outro lado as mercadorias estrangeiras recebidas no Brasilvia Portugal, pagando menos direitos de entrada, ou em direitura (poduzira semelhante efeito sem prejuízo da Real Fazenda. Não consta que as hostilidadesentre a França e os aliadosjá tivessem principiado; pensando todos que a prudência se conclua cedo, o autor receia que não temendo ainda que a Portugal cheguem alguns salpicos. Defende que seria útil ao Real Serviçoe ao Comércio Nacional que a Provisão de Daupiás fosse de Cônsul Geral em França, autorizando-o a nomear Vice-Cônsules nos Portos de Mar que ele julgasse necessários e que com ele mantivessem correspondência activa, para depois poder comunicar com o Governo e as Juntas de Comérciotudo quanto fosse útil. Assim, pratica o Governo da Prússia com o seu Cônsul Gerla em Londres. Em P.s. informa que na carta junta dirigida a manuel Lopes Ferreira vai a procuração do neto Daupiás para o juramento e receção dos respectivos papéis.

Cota atual

B-14(5, 17)

Idioma e escrita

POR (Português)

Características físicas e requisitos técnicos

Boa conservação