Carta da Baronesa de Beaumont
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002130
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta da Baronesa de Beaumont
Datas de produção
1815-08-07
a
1815-08-07
Dimensão e suporte
8 pp. [7 pp. + 1 p. em branco]; 186 mm x 232 mm
Âmbito e conteúdo
Pode finalmente escrever sem receio que a carta seja desviada ou retida. Felizmente já se respira sustos maiores já cessaram. Os momentos vividos foram muito tristes enquanto "se não viu o fim a esta grande bulha". Apesar de estar acostumada a estes acontecimentos, confessa que desta vez sentiu medo enquanto o "monstram" não deixou a capital. Agora que Deus livrou-nos do monstro tudo é mais seguro. A ele deve todos os seus desgostos, a perda do marido pelo amor [de Napoelão à Guerra], e se ele não tivesse mandado tropas a Portugal o pai não teria passado pelos desgostos que passou e a casa não estaria na desordem que está. [Napoleão] não se contentou com os milhões que a nossa Corte lhe concedeu, e a única coisa que a consola é saber que ele não tocou "na nossa família real, que Corte nenhuma brilhou como a nossa". Queixa-se da situação que se vive em França país de "gente doida, sem moral nem carácter" e para que tem juízo este não é um país para habitar. Enquanto esteve cá o "mao homem" a autora viajou pelo campo. Desejava ter outro país para viver com a filha. Se pudesse falar com o destinatário muito riria pelo que ela tem visto no mundo. Relata o sucedido à Sousa que recebeu ordem para deixar definitivamente o reino e que a mesma pediu para ir para Portugal. Ela é "conspiradora, intrigante, má", que até tem dó de D. José, bom homem que tem sido martirizado por este degenerado casamento. O filho dela era valido do "mao homem". Soube pelo portador desta carta que a saúde do destinatário estava melhor. Sente-se agoniada pelos "lugamentos dos aliados", onde nenhuma pessoa está isenta. Pede para o destinatário se lembrar de si e do pai. Pergunta porque não escreve. Receia que não tenha conseguido obter-lhe a pensão que tanto deseja. Relata a visita feita à Duquesa de Angouleme e ao Rei. V.ª Ex.ª é meu confessor e depois de meu pai o meu maior amigo. A Brito, que esteve cá ontem, não diz tudo. Marialva, amigo e fidalgo respeitável, acaba de sair daqui depois de converarem sobre assuntos sérios. Os portuguese começam a regressar a Paris. Em P.s. a mana Marquesa e o marido estão em Londres, tendo partido daqui no dia seguinte ao rei ter saído para Gand. O cunhado, com um cargo prometido pelos príncipes, deseja regressar a França e ser empregado junto do Conde de Artois. A marquesa mãe está em St. Malo e regressa em breve.
Cota atual
B-6(13, 16)
Idioma e escrita
FRA (Francês)
Características físicas e requisitos técnicos
Boa conservação