Carta de Diogo Ratton
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/001904
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta de Diogo Ratton
Datas de produção
1816-03-18
a
1816-03-18
Dimensão e suporte
6 pp. [5 pp. + 1 p. em branco]; 209 mm x 340 mm
Âmbito e conteúdo
Informa que a última que lhe escreveu foi a de 24 de Dezembro. Pelos últimos cinco navios que chegaram dessa Corte recebeu cartas de Manuel Lopes Ferreira, que lhe confirmou ter entegue a carta de 23 de Agosto ao conde da Barca e que V. Ex.a lhe responderia extensamente sobre os assuntos das últimas cartas que lhe escreveu. Manifesta o seu agrado por ter tomado conhecimento que o destinatário se encontra com a saúde mais vigorosa. Participa que o seu requerimento relativo aos privilégios para o estabelecimento, na praia do Calvário, de um moinho de farinha por impulso de vapor de àgua, já foi consultado pelo Tribunal da Junta do Comércio e que foi enviado pelo Governo de Lisboa na mala do Grã-Careta e sabe que o mesmo teve a aprovação de todos os vogais e do Governo, o que talvez se deva ao facto do Principal [Sousa] estar ausente em Santarém. Escreveu logo pelo mesmo navio ao amigo José Balbino de Barbosa Araújo prevenindo-o que ia por aquela mala a dita consulta e pedindo que solicitasse ao marquês que a colocasse na presença de S.M. para obter sem a menor perda de tempo a Real assinatura para o Alvará que concede os privilégios. Pede a protecção do destinatário para a mesma e para o requerimento em anexo sobre o qual já lhe tinha falado na última carta. Deseja que a Comenda possa realizar-se na que o seu pai apontou nos requerimentos anteriores mas qualquer que seja do agrado Real satisfará os seus desejos. Revela que incumbiu Manuel José Sarmento, que está de partida para a Corte [do Rio de Janeiro], de beijar a mão de S.A.R. e de lhe propôr que, acabado o triénio em vigor, seja entregue o Contrato de Tabaco a Diogo Ratton & Cia. e a Sarmento por nove anos pelas condições que se convencionarem. Apresenta algumas sugestõespara futuras arrematações destecontrato que é uma das principais rendas da Coroa. Informa que seu pai permanece em Macon quase restabelecido da grave doença e que se propõe a partir no mês que vem para Paris. Como os médicos têm-no aconselhado a regressar aos "ares pátrios de Lisboa" antes do próximo Inverno, o autor julga até que ele já terá solicitado a demissão da comissão de que estava incumbido. Bernardo Daupiás, após as tristes circunstâncias do comércio que fizeram arruinar milhares de casas em Inglaterra e França, conseguiu compor os seus negócios com os credores, a quem já pagou parte do que se tinha comprometido, achando-se já reabilitado. Dáupias necessita mais que nunca da protecção do destinatário para sustentar a família e por isso o autor implora pela nomeação do mesmo para a Junta das Reclamações dos Vassalos de S.M..
Cota atual
B-14(4, 14)
Idioma e escrita
POR (Português)
Características físicas e requisitos técnicos
Boa conservação