Carta da Baronesa de Beaumont
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002121
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta da Baronesa de Beaumont
Datas de produção
1814-11-15
a
1814-11-15
Dimensão e suporte
6 pp.; 183 mm x 239 mm
Âmbito e conteúdo
Apesar de desde um ano até esta parte ter escrito mais de doze cartas, ignora se o António de Araújo tem recebido algumas delas ou se tem lembrado da triste situação em que sencontra com o pai e irmãs. Manifesta o seu gosto em receber ao menos uma carta em que lhe assegurasse a antiga amizade e a certeza de que ajudará a restituir o pai à sua honra e pátria. Depois de todos os infortunios políticos o pai começa a vender o que tem para sustentar as três filhas. Protecção para um cargo que não seja desonroso. A autora vive infeliz depois da morte do marido, onde os acontecimentos da guerra da Rússia, provocaram o ataque de uma crise epidémica dentro do exército francês. Felizmente que "aquelle que era a cauza de tantos e tão grandes malles" já não tem poder. Não foi apenas a vida que o seu marido perdeu na guerra, perdeu dinheiro na retirada de Moscovo, sem nunca ter recebido qualquer justificação, deixado dívidas que foram pagas com a venda dos únicos bens que legou à autora. Dele nada resta, estando reduzida a uma pensão de 3 mil francos que lhe foram concedidos pelo Imperador por ser viúva de General de Divisão. Apesar das privações e aflições, diz-se "soberba na disgraça". Necessita de protecção do destinatário para que o Príncipe lhe conceda uma pensão de 3 a 4 mil francos por ano, à vista do seu estatuto de "senhora portuguesa e do meo nascimento e rang". Recorda que em tempos passados recusou "muitos bons partidos pelo amor que lhe tinha", e que por isso não deve abandoná-la. "Sei que pode muito, que esta em grande valimento". Expõe o caso do pai que teve uma sentença quando saiu da cadeia e que por isso necessitade um decreto particular para poder regressar à Pátria. Ele é um homem honrado e seu amigo, vive a cada dia mais arruinado devido à carestia em Londres e tudo o que possui em Portugal está na mão de estranhos. Em P.s. roga encarecidamente por notícias, por uma prova da amizade. Recorda, a pedido dos próprios, os pedidos do cunhado Marquês de Chardonnay, e irmãoque pretendem obter de S.A.R. os brevets dos postos que detinham em Portugal.No Sobrescrito: "Ao Illmo. E Exmo./ Snr. Antonio D'Araujo/ Ministre D'Etat de la/ Marine/ Rio de Janeiro//".
Cota atual
B-6(13, 8)
Idioma e escrita
FRA (Francês)
Características físicas e requisitos técnicos
Boa conservação [lacre intacto]