Carta da Baronesa de Beaumont

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Carta da Baronesa de  Beaumont

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Carta da Baronesa de Beaumont

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002124

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta da Baronesa de Beaumont

Datas de produção

1814-12-16  a  1814-12-16 

Dimensão e suporte

4 pp.; 187 mm x 227 mm

Âmbito e conteúdo

Escreve esta terceira carta depois de ter recebido a do amigo António de Araújo datada de 17 de Setembro. Triste e melancólica a viver numa situação que nunca imaginou, repete os seus cuidados pela saúde do destinatário e diz que a maior prova de amizade que pode prestar-lhe é anunciar por carta que se encontra restabelecido. Terá uma grande mágoa se o não tornar a ver e pergunta sempre por notícias suas quando vê Brito. Em todas as cartas tem feito uma fiel narração da triste situação em que se encontra, pedindo sempre por protecção. Deseja ver o pai empregado, pois vive em situações desagradáveis e não pode socorrer com mais alguma coisa a autora. Transmite o desejo em que o pai tenha uma satisfação do insulto que o obrigou a deixar Portugal. Nada lhe resta do seu marido, pois teve de vender todo o que ficou para pagar as dívidas contraídas durante as guerras de Espanha e da Rússia. Hoje, que faz um ano da morte do marido, recorda que ele era um homem honrado e como tal morreu pobre, não "como hum General Junot". Repete os pedidos das cartas anteriores. Não pode deixar Paris devido aos negócios em curso. Vive desgostosa, mas esconde de todos a forma como vive, "só há aparencias" e os bons moveis. Perdeu 50 mil libras de renda pela morte do marido e dos 3 mil francos de pensão que lhe foram concedidos por Bonaparte ainda não recebeu um real, antevendo que será demoroso, pois tudo está em desordem. Faz um pedido de açucar e de de café por algum navio que venha para França, mas não lhe pede ametistas como "serta senhora" [Suzanne Cappadoce] que está "cadaver, pior, velha e louca". Refere-se à carestia em Paris. Remete esta carta pelo amigo Pedra. Em P.s. já escreveu que a mana Joana está casada com o marquês de Chardonnay, que outrora esteve ao serviço de Portugal, e que ambos estão prestes a chegar a Paris, vindos de Londres. A marquesa velha já cá está. O pai da autora não queria este casamento e opôs-se veemente. Cumprimentos para a Baronesa do Real Agrado e pede-lhe que lhe fale neste casamento.

Cota atual

B-6(13, 11)

Idioma e escrita

Português ?

Características físicas e requisitos técnicos

Conservação razoável