Carta de António de Saldanha da Gama

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Carta de António de Saldanha da Gama

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Carta de António de Saldanha da Gama

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002062

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de António de Saldanha da Gama

Datas de produção

1815-04-11  a  1815-04-11 

Dimensão e suporte

16 pp. [15 pp. + 1 p. em branco]; 184 mm x 225 mm

Âmbito e conteúdo

Justifica o lapso de tempo que esteve sem escrever com o facto da pouca segurança que existe no transporte de cartas. Há muito tempo tempo que não recebe cartas do destinatário nem de outra pessoa do Rio de Janeiro. Comenta o rumo dos negócios após a chegada da notícia do desembarque de Napoleão Bonaparte em França, notícia que inquietou excessivamente toda a gente, por ter sido um acto premeditado e de antemão preparado. Os gabinetes em Viena acordaram que a Europa não pode viver em sossego coma existência política do mesmo e por isso assinaram por unanimidade uma Declaração, que segue em anexo, que tinha por objectivo animar o Partido do Rei e combater o partido revolucionário, mas que falhou o seu objectivo visto que Napoleão chegou a Paris mais rápido que esta. Como consequência a Rússia, Aústria, Inglaterra e Prússia assinaram no dia 25 de Março um Tratado de Aliança ofensiva e defensiva, convidando as outras potências a juntarem-se, o que "parece haver sido sabiamente previsto por V.ª Ex.ª nas instrucções ostensivas que fes", achando-se o gabinete português em condições de aceder ao Tratado, cuja cópia remete em anexo. Traça diversas perspectivas da guerra e as suas consequências para Portugal. É necessário que o dest. autorize Ministros para as subsequentes convenções. Necessidade em nomear-se a tempo Plenipotenciários, devidamente instruídos para qualquer eventualidade, para figurar nas negociações de paz. Aniuncia a aproximação do final do Congresso e comenta os assuntos que ainda estão em discussão. Lamenta o facto de Brito ter atrasdao por dois meses a expedição dos despachos. Questiona-se pelo seu futuro após o final do Congresso sabendo que o Imperador Russo vai comandar o exército, e indo o Marquês de Marialva a acompanhá-lo, o que fará o autor em São Petersburgo e quais serão as suas tarefas. Na impossibilidade de negociar um novo tratado de comércio com os russos, negociou uma prorrogação do antigo, mandando para Lisboa uma cópia para ser publicada. Perdeu o seu trem que estava no Havre de Grace para ser transportado para São Petersburgo. Comenta a posição de Portugal no Congresso face às grandes potências. Informa que as tropas marcham de toda a parte, comandados pelo Duque de Wellington, pelo Prícipe Blucher, pelo Príncipe de Schartzenberg, pelo General Frimmont. Anuncia a chegada de Monteron, antigo amigo e companheiro de Talleyrand, incumbido de alguma missão. Lamenta as conspirações contra os Bourbons, perpetradas por pessoas da sua confiança, prevendo que os mesmos não voltarão a ter o sufrágio da nação, sendo uma opinião corrente a de será o ramo de Orleães a ocupar o trono francês. Tece comentários sobre o duque de Orleães. Pede ao destinatário que comece a tratar dos presentes para todos os Plenipotenciários que assinarem o Tratado. Pede que beije por si a mão do Príncipe Regente e do Príncipe da Beira. Faz-se lembrado à marquesa de Belas e ao colega José Egídio. Em P.s. de 13 de Abril, diz que a Europa está muito velha e em comparação com a América em desvantagem porque esta oferece mais quietação. Louva os inúmeros serviços de Gameiro, mas informa que o mesmo mutio tem sofrido. Pede ao destinatário Para não voltar a ser empregue em companhias porque repugnaria fazer o papel de acusador. Em um dos ofícios enviou a cópia de uma resposta dada ao célebre ofício do conde do Funchal pedindo a aprovação do destinatário para a mesma.

Cota atual

B-9(7, 6)

Idioma e escrita

POR (Português)

Características físicas e requisitos técnicos

Boa conservação