Carta de Suzanne Célie Lévy Cappadoce-Pereira

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Carta de Suzanne Célie Lévy Cappadoce-Pereira

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Carta de Suzanne Célie Lévy Cappadoce-Pereira

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002085

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de Suzanne Célie Lévy Cappadoce-Pereira

Datas de produção

1811-12-10  a  1811-12-10 

Dimensão e suporte

6 pp. [5 pp. + 1 p. em branco]; 154 mm x 191 mm

Âmbito e conteúdo

Apesar de ter acabado de escrever uma longa carta para o amigo de Araújo, a qual deverá ser entregue por Mr. Labenki, que parte na mesma fragata que [o Abade] Correia [da Serra], não resite a escrever novamente por este útlimo. Lamenta o silêncio do destinatário que a faz infeliz e aumenta o tormento da sua alma. Vive descansada em relação à saúde do destinatário, mas receia por destinatário devido às notícias que por aqui circularam relativas às falsidades perpetradas pelos inimigos do destinatário. Lamenta que outros recebam cartas e eles [Suzanne e Brito] estejam há um ano e meio sem receber uma palavra, apesar de lhe escrever em todas as ocasiões possíveis. Este silêncio é um mistério e recusa-se a acreditar que António de Araújo tenha deixado de ser o amigo sincero, pleno de honra, de delicadeza. Relembra que o Marido, por ser fiel ao seu posto e ao serviço do Rei, sacrifica a sua vida e que necessita do auxílio do destinatário porque há quatro anos e meio que não recebe o soldo. Pergunta se deixará [Francisco José Maria de] Brito, vosso amigo perfeito, morrer vítima dos inimigos. A amizade que ele tem pelo destinatário acarreta-lhe muitas inimizades. Não existe português tão digno deste nome como Brito que, mesmo na situação em que se encontra, socorre todos os infelizes compatriotas que o procuram, como a família Branco que partiu, ficando apenas o pobre velho [José António dos Santos Branco]; como o pobre [Francisco] Manuel [do Nascimento], [Filinto Elíseo], com 80 anos, vive apenas devido aos cuidados de Brito; a Madame de Aragon. Suzanne encontra com frequência a infeliz Madame de Sousa l'Espagnole. Depois de conviverem em sociedade durante longo tempo é com profundo desgosto que vê [o Abade] Correia [da Serra] partir. As gentes das letras e os sabedores lamentam-no profundamente. Brito desejava acompanhá-lo mas não o pode fazer devido às dívidas contraídas nestes quatro anos em que não recebeu um soldo. Soube há pouco que aqueles que não forem à Inglterra nem ao Brasil não serão pagos. Pede para interceder junto do Príncipe por Brito um dos mais fiéis servidores do Soberano. O "Platonique" é sempre seu inimigo inveterado, o seu ódio e rancor não têm limites. Despede-se com versos [da sua autoria].

Cota atual

B-7(1, 7)

Idioma e escrita

POR (Português)

Características físicas e requisitos técnicos

Boa conservação